Os pilares das empresas são pessoas, processo, produto e capital de giro — que, aliás, propicia o pagamento das pessoas e a manutenção dos processos. Ou seja, sem capital não há negócio que funcione.
Além disso, ele tem papel importantíssimo dentro da gestão empresarial, pois garante que uma organização seja sustentável em seus ciclos operacional e financeiro, mantendo o bom funcionamento no intervalo entre as vendas e seus recebimentos.
Entenda mais sobre o capital de giro, seu cálculo e os ciclos operacional e financeiro.
O que é capital de giro?
O capital de giro é composto pelas disponibilidades do negócio necessárias para que a empresa financie suas atividades — como caixa e contas bancárias.
Enquanto os recebimentos de vendas não ocorrem, como em prazos dados aos clientes, é preciso que haja dinheiro para pagar impostos, comprar materiais e mercadorias e pagar outras despesas. Daí a importância do capital.
O que é o ciclo operacional?
O ciclo operacional da empresa é o período de tempo entre a compra dos produtos e o recebimento das vendas. Para conhecê-lo, basta somar o ciclo econômico — tempo médio pelo qual os itens ficam em estoque — ao prazo médio das contas a receber.
Por exemplo, se os produtos ficam aproximadamente 20 dias em estoque até serem vendidos e o prazo médio fornecido aos clientes é de 30 dias, o ciclo operacional dura 50 dias.
O que é o ciclo financeiro?
Esse ciclo também pode ser chamado de ciclo de caixa. Ele representa o período entre os pagamentos dos fornecedores e os recebimentos dos clientes. O número é obtido subtraindo o prazo médio de pagamento a fornecedores dos dias de ciclo operacional.
Então, caso os fornecedores ofereçam em média 30 dias de prazo para suas vendas, e considerando o ciclo operacional de 50 dias que calculamos antes, o ciclo financeiro é de 20 dias.
Qual é a relação entre os ciclos e o capital de giro?
Entre ambos os ciclos, existe um período em que há necessidade de capital de giro, quando o negócio precisará de recursos para manter as contas em dia e as operações.
Por exemplo, com o nosso ciclo operacional de 50 dias — da aquisição de estoque à venda — e nosso ciclo financeiro de 20 dias — entre o pagamento dos fornecedores e o recebimento dos direitos —, a necessidade de capital de giro dura 20 dias. Veja:
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as compras ocorrem no primeiro dia do ciclo operacional;
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os pagamentos das compras são efetuados no 30º dia do ciclo operacional;
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as vendas ocorrem no 20º do ciclo operacional, que também é o primeiro dia do financeiro;
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as vendas são recebidas no 50º dia do ciclo operacional, que também é o 30º do financeiro.
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então, há necessidade de capital de giro entre a data de pagamento dos fornecedores — 30º dia do ciclo operacional para o exemplo — e o 50º dia do mesmo ciclo: 20 dias.
Como calcular o capital de giro?
Para saber qual é o capital de giro líquido da empresa, basta subtrair os passivos circulantes — despesas fixas previstas e conhecidas — dos ativos circulantes. Quanto ao período, utiliza-se os números do mês e dos elementos de curto prazo. Por exemplo:
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ativo circulante: R$ 80 mil;
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ativo circulante para curto prazo: R$ 175 mil;
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passivo circulante: R$ 35 mil;
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passivo circulante para curto prazo: R$ 70 mil;
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projeção de novas aquisições de fornecedores: R$ 10 mil;
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projeção de novas aquisições de fornecedores em curto prazo: R$ 45 mil;
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capital líquido: R$ 35 mil;
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capital líquido para curto prazo: R$ 50 mil.
Além das operações, o capital precisa ser calculado e bem gerenciado, por ser relevante na gestão empresarial, pois ele impacta, e é impactado, por controle de estoque e fluxo de caixa.
Portanto, caso o capital de giro seja baixo ou acabe faltando, além de afetar as operações, obriga a tomada de empréstimos — novas obrigações e aumento do nível de endividamento do negócio. Consequentemente, a gestão financeira é prejudicada e a saúde das finanças sofre.
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