Convidados a integrar o conselho do Pacto por Mato Grosso, empresários cuiabanos estão estudando possibilidades de colaborar com o governo para que a arrecadação do Estado aumente e a crise seja superada com o menor dano possível. Entre as medidas discutidas na manhã desta segunda-feira (27) está o aumento na tributação dos produtos e serviços.
GCom-MT
O assunto Revisão Geral Anual (RGA) também entrou na pauta da reunião e contou com a solidariedade dos empresários, que demonstraram apoio à proposta do governo aos servidores, de pagamento de 6% da revisão em três parcelas e condicionamento dos 5,28% restantes ao cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“Temos que pensar nas próximas gerações. Lei de Responsabilidade é gastar efetivamente o que se ganha. Estamos renegociando a dívidas. Até alguns segmentos estão querendo pagar mais impostos em razão da crise para que Mato Grosso não possa parar”, explicou o governador sobre algumas medidas para superar o mau momento econômico.
De acordo com Taques, os empresários estão conscientes dos esforços feitos para a superação do momento delicado pelo qual o Estado passa.
“Todos os sindicatos que aqui vieram entenderam que não podemos dar nem 1% e estamos oferecendo 6% e o restante assim que Mato Grosso se enquadrar em 49% da Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirmou.
Presente na reunião, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), Hermes Martins da Cunha, explicou como está sendo analisada a contrapartida dos empresários.
“Os representantes do comércio estão fazendo reuniões, por segmento, para definir quais segmentos podem contribuir com o aumento da carga tributária, que é tão necessária para o pagamento dos encargos, dos impostos e dos salários dos servidores”, declarou.
Hermes ressalta que essa “ajuda” será diferenciada para cada setor. Cada segmento irá se reunir, fazer seus cálculos e determinar o quanto poderá contribuir. Esse é um processo demorado, disse, em que serão feitos muitos estudos para que “depois, lá na frente, não venha a reclamar do que praticamente está sendo impossível para os empresários”.
Quem vai sentir o impacto dessas medidas será o consumidor, que irá gastar mais para ter acesso a determinado produto ou serviço. “Um aumento da carga tributária irá cair sobre o consumidor. Porque o empresário é simplesmente o arrecadador de impostos, que tem que depois repassar para o governo do Estado”, ressaltou.